As repercussões da revolta do 31 de Janeiro, foram à portuguesa, nada aconteceu de verdadeiramente significativo, toda a gente procurou diminuir a importância do acontecimento.
O governo a negociar um grande empréstimo externo, (como viria a acontecer, por financeiros franceses, alemães e portugueses, em troca do monopólio do tabaco), não lhe interessava transmitir a ideia dum país instável.
O directório do partido republicano apressou-se a condenar o golpe, como irresponsável. A maçonaria irradiou Alves da Veiga, o general Correia da Silva, que se oferecera para chefiar o movimento, mas que afinal pecou por ausência, foi punido com um mês de detenção.
Em Elias Garcia que fornecera os "fósforos", para atear a conspiração, ninguém tocou.
Haveria de sobrar para 600 soldados (bem à portuguesa) a acusação pelo golpe , que haveriam de vir a ser julgados a bordo de 3 barcos de guerra ancorados em Leixões, que provocaria, devido à ondulação, o enjoo dos juízes, que frequentemente se levantavam dos julgamentos para ir vomitar à amurada.
As sentenças foram encaradas, como simples pretextos para futuros perdões e amnistias, Perante o tribunal um dos detidos o capitão Leitão declarou logo "conto não cumprir a pena a que me condenarem"(segundo Rui Ramos em D.Carlos pag.75).
Aparentemente porém as condenações não foram assim tão leves, numa primeira análise.
Seriam condenadas a penas entre 15 anos e 18 meses de prisão mais de duzentas pessoas.
A publicação de «A República Portugueza» foi suspensa, transformando este vibrante diário de combate numa das primeiras vítimas daquele dia 31 de Janeiro de 1891.
João Chagas foi deportado para África, mas que viria a fugir para o Brasil. Sampaio Bruno partiu para o exílio, mas 2 anos de pois já estava de volta a Portugal.
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