(O mapa cor-de-rosa)
O reinado de D.Carlos I não começou bem, sob o ponto de vista das dificuldades políticas que se lhe iriam deparar e que haveriam de determinar a sua queda.
O que viria a denominar-se como a "questão inglesa" contudo, havia começado pelo menos 10 anos antes do início do seu reinado, tendo como origem a orientação política de João de Andrade Corvo, ministro dos Negócio Estrangeiros dos governos de Fontes Pereira de Melo em 1871/77 e em 1878/79 e depois ministro da Marinha e do Ultramar em 1879, que se propôs fazer de Goa e de Lourenço Marques portos ao serviço do império britânico.
A estratégia de Andrade Corvo assentava em três princípios
O reinado de D.Carlos I não começou bem, sob o ponto de vista das dificuldades políticas que se lhe iriam deparar e que haveriam de determinar a sua queda.
O que viria a denominar-se como a "questão inglesa" contudo, havia começado pelo menos 10 anos antes do início do seu reinado, tendo como origem a orientação política de João de Andrade Corvo, ministro dos Negócio Estrangeiros dos governos de Fontes Pereira de Melo em 1871/77 e em 1878/79 e depois ministro da Marinha e do Ultramar em 1879, que se propôs fazer de Goa e de Lourenço Marques portos ao serviço do império britânico.
A estratégia de Andrade Corvo assentava em três princípios
- Portugal tem que ter uma visão realista das suas possibilidades e recursos, contrariando as ideias que pretendiam "supor nossa toda a Africa Central e Austral de um a outro mar".Em 1883 quando Andrade Corvo defendia este ponto de vista já tinham surgido as primeiras versões do "mapa-cor-de-rosa", assim denominado por ser assim colorida a área de terreno situado entre os territórios de Angola e Moçambique.
- Mesmo assim só confinado aos territórios de Angola e Moçambique, Portugal só conseguiria ocupar e desenvolver as suas colónias se se abrir aos capitais e á emigração estrangeira.
- Defendia igualmente a manutenção da aliança inglesa, explorando-a ao máximo atendendo a que "Portugal sendo uma potência de segunda ordem na Europa, além de um bom governo, boa política e boa administração, precisa de boas alianças.
A oposição Progressista, considerava que esta política como de enfeudamento á Inglaterra, envolvendo nesta acusação o governo de então e a própria coroa.
Contudo uma vez no poder os Progressistas, entre 1879 e 1881, prosseguem os planos de Corvo, invertendo-se os papéis passando os Regeneradores a devolverem-lhes a acusação de traição.
São os meandros habituais da política.
A "questão inglesa" tornou-se assim numa arma de arremesso entre partidos.
Os vários desenvolvimentos acontecidos em torno desta questão aconteceram no reinado anterior.
As variadas mudanças de atitude de Portugal, onde raramente aconteceram procedimentos coerentes, com a atitude realista de Andrade Corvo, fez com que a Inglaterra tenha perdido por completo a paciência para com "uma pequena potência muito irritante que só reage a ameaças" segundo dizia Lord Salisbury o primeiro-ministro, decidiu-se por uma demonstração de força.
Em 11 de Janeiro de 1890 o governo inglês envia uma célebre nota ao governo português que não só faz deitar por terra o sonho de alguns em constituir a África Meridional Portuguesa, assinalada no "Mapa Cor de Rosa"
Com efeito o Governo inglês. exige nessa nota "que se enviem instruções telegráficas imediatas para que todas e quaisquer forças militares portuguesas actualmente no Chire e nos países dos Mokololos e Machonos* se retirem" e ameaça ainda que, se uma resposta satisfatória não for dada pelo governo português nessa mesma tarde, a delegação inglesa em Lisboa, abandonará o nosso País imediatamente.
Contudo uma vez no poder os Progressistas, entre 1879 e 1881, prosseguem os planos de Corvo, invertendo-se os papéis passando os Regeneradores a devolverem-lhes a acusação de traição.
São os meandros habituais da política.
A "questão inglesa" tornou-se assim numa arma de arremesso entre partidos.
Os vários desenvolvimentos acontecidos em torno desta questão aconteceram no reinado anterior.
As variadas mudanças de atitude de Portugal, onde raramente aconteceram procedimentos coerentes, com a atitude realista de Andrade Corvo, fez com que a Inglaterra tenha perdido por completo a paciência para com "uma pequena potência muito irritante que só reage a ameaças" segundo dizia Lord Salisbury o primeiro-ministro, decidiu-se por uma demonstração de força.
Em 11 de Janeiro de 1890 o governo inglês envia uma célebre nota ao governo português que não só faz deitar por terra o sonho de alguns em constituir a África Meridional Portuguesa, assinalada no "Mapa Cor de Rosa"
Com efeito o Governo inglês. exige nessa nota "que se enviem instruções telegráficas imediatas para que todas e quaisquer forças militares portuguesas actualmente no Chire e nos países dos Mokololos e Machonos* se retirem" e ameaça ainda que, se uma resposta satisfatória não for dada pelo governo português nessa mesma tarde, a delegação inglesa em Lisboa, abandonará o nosso País imediatamente.
*actual Malawi
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