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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Acontecimentos no ano de 1891-6ºparte



  • Morte de Latino Coelho
No dia 29 de Agosto morre em Sintra Latino Coelho. Foi militar, escritor, jornalista e político português, formado em Engenharia Militar. Seguiu a carreira das armas, tendo atingido o posto de general de brigada do estado-maior de engenharia. Seguindo um percurso político que o levaria do Partido Regenerador, pelo qual foi eleito deputado, ao Partido Republicano Português, com passagem por um governo do Partido Reformista, de que foi fundador e ministro, a sua carreira política percorreu todo o arco partidário da Monarquia Constitucional. Foi várias vezes eleito deputado, foi par do Reino eleito e exerceu as funções de ministro da Marinha e de vogal do Conselho Geral de Instrução Pública. Foi lente na Escola Politécnica de Lisboa e sócio efectivo e secretário perpétuo da Academia Real das Ciências de Lisboa. Regressou à Câmara dos Pares, agora como deputado republicano pelo círculo de Lisboa, eleito nas eleições gerais de 1889 e 1890. Fez parte da lista de protesto que surgiu na sequência do ultimato britânico de 1890. Como escritor, notabilizou-se com obras de foro histórico e ensaístico.
  • Inauguração da linha da Beira Baixa
Em 6 de Setembro do ano de 1891, o rei D. Carlos, rainha D. Amélia e uma vasta comitiva se deslocaram para inaugurar a linha dos caminhos de ferro da Beira Baixa, entre Abrantes e Covilhã, a família real foi acompanhada pelos administradores, o Director Geral, pessoal superior da Companhia Real dos Caminhos-de-ferro Portugueses e representantes da imprensa. A família real fez depois uma visita de alguns dias a Castelo Branco e à Covilhã. A família real ficou hospedada no edifício do governo civil, com jantar de gala e Te Deum, seguindo-se um passeio a pé pela cidade com o respectivo espectáculo de fogo de artifício. Idêntico programa aconteceu no dia seguinte na Covilhã, antes do regresso a Lisboa no dia 8 de Setembro, Seguindo o insuspeito Século essas jornadas foram verdadeiras manifestações populares "pela primeira vez no seu reinado"
  • A família real visita o Porto e o Minho
A visita ao Porto, iniciada a 18 de Novembro tinha um simbolismo especial atendendo aos antecedentes liberais daquela cidade, além do que esta visita pouco tempo depois do golpe a 31 de Janeiro, podia ser encarado como um sinal de tréguas entre o Rei e o povo. Assim era preconizado por Mariano de Carvalho, que entendia como boa política que a família real levasse o jovem príncipe herdeiro e que o Rei atirasse alguns beijos na direcção do povo. A viagem durou 7 dias seguindo-se uma ronda pelo Minho de mais 4 dias por Braga, Guimarães, Viana do Castelo e Leixões. Entre festejos, Te Deums recepções e fogos de artifício o balanço foi positivo de acordo com a expectativa da altas figuras da governação que constataram que o aumento da popularidade do Rei junto das populações era uma evidência

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