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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nomeação do seu 1ºGoverno Regenerador



(António de Serpa Pimentel)

O governo regenerador de Serpa Pimentel nomeado pelo rei, viu-se desde logo confrontado com uma opinião pública descontente com a atitude de Inglaterra, mas com necessidade de agir com diplomacia sob pena de pôr em risco a soberania portuguesa em Angola e Moçambique.


António de Serpa Pimentel no parlamento, prometeu esforços para a "defesa da maior quantidade possível dos nossos interesses no ultramar, e para defesa completa da nossa dignidade", Traduzido para linguagem comum esta expressão, reflecte a ideia principal de toda a gente, "como ceder salvando a face".


O próprio rei D.Carlos um ano depois em carta dirigida ao seu tio, filho da rainha Vitória, diz que o que lhe interessava era "poder conseguir da Inglaterra não muito, mas apenas o suficiente para dar satisfação ao chauvinismo de muitas pessoas". Curiosamente em resposta o próprio Príncipe de Gales também lhe diz " é preciso que notes que nós também temos que lidar com uma opinião pública que apesar de melhor instruída, é igualmente exigente.


Em última análise, à diplomacia inglesa também não interessaria muito , "apertar" demais com o governo português, para não por em causa a coroa portuguesa, atendendo aos "ventos da ideologia republicana" que sopravam por toda a Europa.

Já em 1885 acontecera situação idêntica entre a Alemanha e a Espanha, em relação à posse das ilhas Carolinas em que os distúrbios ocorridos em Madrid, levantaram muitas vezes a possibilidade duma revolução republicana ocorrer, que só a arbitragem do papa Leão XIII, por indicação do ministro alemão Bismark, resolveu em apoio à Espanha.

Era afinal tudo uma questão de aparências.
Em Portugal, nitidamente as reacções discordantes não aconteciam por amor ás colónias, mas apenas por ódio á Inglaterra. como igualmente aconteceu em Espanha, pois em 1899 quando a Espanha decidiu vender as ilhas Carolinas aos alemães, tudo decorreu dentro da maior indiferença popular.

António de Serpa Pimentel, nascido em, Coimbra, doutorado em matemática pela Universidade de Coimbra, era na ocasião o líder do Partido Progressista, após a morte de Fontes Pereira de Melo. Havia desempenhado várias funções ministeriais e políticas, entre ela a de presidente do Tribunal de Contas, até ser nomeado chefe do Governo pelo rei D.Carlos em 13 de Janeiro de 1890

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