- Continuação do governo de José Luciano
Muito embora o século XX tenha começado com a continuação do governo de José Luciano de Castro, uma grave doença do foro degenerativo da medula dorsal, que pouco a pouco o levou à paralisia dos membros inferiores, governando pelo telefone a partir da sua casa na rua dos Navegantes.
José Luciano optou por não se demitir, não tanto se o fosse por um membro do Partido Regenerador, mas temendo ser substituído por outra pessoa do seu próprio partido. Ao rei era dito que a crise havia de passar uma coisa temporária, aguardando "que o homem se ponha bom", como lhe era dito.
Um ano anterior no discurso da coroa a 2 de Janeiro, José Luciano havia apresentado uma reforma constitucional que após mais dum ano parada volta a 14 de Março de 1900 ao parlamento.
O objectivo maior desta reforma era o de acabar com a suspensão temporária da assembleia legislativa sob pretexto duma qualquer discussão parlamentar, pelo que se pretendia restringir as prerrogativas do Rei do fazer, aos mesmo tempo que se atribuía aos tribunais a apreciação da constitucionalidade das leis , recusando decretos ou origens do governo, que não estivessem em conformidade com a constituição.
Era o cunho liberal que José Luciano, pretendia assumir duma forma clara, porém o argumento da oposição Regeneradora foi poderoso, lembrando que ainda não tinha passado o prazo entre possibilidade de nova revisão constitucional, já que a anterior fora em 1896.
Como essa revisão fora conseguida em ditadura, não achava José Luciano, que deveria validada a contagem que a oposição, pretendia fazer.
Eram basicamente estas as argumentações que dividiam os dois principais partidos, assumindo o rei uma posição de grande habilidade, admitindo que lhe agradavam os princípios defendidos por José Luciano , mesmo com prejuízo dos seus poderes como ele dizia, mas por outro lado, não dava provimento à argumentação do governo, ou seja negando a validade das decisões tomadas em ditadura.
José Luciano apresentou a sua demissão, da chefia do governo no dia 26 de Julho de 1900.
José Luciano optou por não se demitir, não tanto se o fosse por um membro do Partido Regenerador, mas temendo ser substituído por outra pessoa do seu próprio partido. Ao rei era dito que a crise havia de passar uma coisa temporária, aguardando "que o homem se ponha bom", como lhe era dito.
Um ano anterior no discurso da coroa a 2 de Janeiro, José Luciano havia apresentado uma reforma constitucional que após mais dum ano parada volta a 14 de Março de 1900 ao parlamento.
O objectivo maior desta reforma era o de acabar com a suspensão temporária da assembleia legislativa sob pretexto duma qualquer discussão parlamentar, pelo que se pretendia restringir as prerrogativas do Rei do fazer, aos mesmo tempo que se atribuía aos tribunais a apreciação da constitucionalidade das leis , recusando decretos ou origens do governo, que não estivessem em conformidade com a constituição.
Era o cunho liberal que José Luciano, pretendia assumir duma forma clara, porém o argumento da oposição Regeneradora foi poderoso, lembrando que ainda não tinha passado o prazo entre possibilidade de nova revisão constitucional, já que a anterior fora em 1896.
Como essa revisão fora conseguida em ditadura, não achava José Luciano, que deveria validada a contagem que a oposição, pretendia fazer.
Eram basicamente estas as argumentações que dividiam os dois principais partidos, assumindo o rei uma posição de grande habilidade, admitindo que lhe agradavam os princípios defendidos por José Luciano , mesmo com prejuízo dos seus poderes como ele dizia, mas por outro lado, não dava provimento à argumentação do governo, ou seja negando a validade das decisões tomadas em ditadura.
José Luciano apresentou a sua demissão, da chefia do governo no dia 26 de Julho de 1900.
- Fevereiro,18-Repetição das eleições no Porto, com nova vitória, dos republicanos, com a eleição de Afonso Costa, Xavier Esteves e Paulo Falcão.
As eleições no Porto do dia 11 de Novembro do ano anterior, haviam sido anuladas em 5 de Janeiro,alegando-se irregularidades tendo sido marcadas novas eleições para Fevereiro.
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- Fevereiro,12-Ferreira de Almeida defende na Câmara dos deputados a venda das Colónias
Logo no dia da abertura das Corte, este deputado e já com os 3 deputados republicanos reeleitos defendeu esta venda
José Bento Ferreira de Almeida, antigo ministro da Marinha e Ultramar, defende na Câmara dos Deputados a venda das colónias (à excepção de Angola e de S. Tomé e Príncipe), como forma de pagar a dívida externa e fomentar o desenvolvimento do país.
A questão dos crescentes deficits financeiros da monarquia constitucional estivera, aliás, na origem de um acordo que teria sido celebrado em 1898 entre a Inglaterra e a Alemanha prevendo a partilha de Angola, Moçambique e Timor, em caso de dificuldades que obrigassem a avultados empréstimos externos por Portugal.
No ano seguinte, em função dos acontecimentos relacionados com a Guerra dos Boéres, a Inglaterra e Portugal renovam os tratados de Windsor, mantendo o status quo. Neste mesmo ano, Ferreira de Almeida será nomeado Par do Reino por D. Carlos I, enquanto António Enes, o vencedor das campanhas em Moçambique, fica de fora.
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José Bento Ferreira de Almeida, antigo ministro da Marinha e Ultramar, defende na Câmara dos Deputados a venda das colónias (à excepção de Angola e de S. Tomé e Príncipe), como forma de pagar a dívida externa e fomentar o desenvolvimento do país.
A questão dos crescentes deficits financeiros da monarquia constitucional estivera, aliás, na origem de um acordo que teria sido celebrado em 1898 entre a Inglaterra e a Alemanha prevendo a partilha de Angola, Moçambique e Timor, em caso de dificuldades que obrigassem a avultados empréstimos externos por Portugal.
No ano seguinte, em função dos acontecimentos relacionados com a Guerra dos Boéres, a Inglaterra e Portugal renovam os tratados de Windsor, mantendo o status quo. Neste mesmo ano, Ferreira de Almeida será nomeado Par do Reino por D. Carlos I, enquanto António Enes, o vencedor das campanhas em Moçambique, fica de fora.
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- Março,02-Com a morte de António Serpa Pimentel, chefe do Partido Regenerador.- Hintze Ribeiro é escolhido para a liderança dos regeneradores.
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- Março,19-Morte de António Nobre. Poeta autor de Só, publicado em Paris em 1892.
António Nobre nasceu no Porto, matriculando-se em 1888 no curso de Direito na Universidade de Coimbra. Como os estudos lhe corressem mal, partiu para Paris onde frequentou a Escola Livre de Ciências Políticas, licenciando-se em Ciências Jurídicas. De regresso a Portugal, tenta entrar na carreira diplomática, mas a tuberculose impede-o.
Doente, ocupa o resto dos seus dias em viagens a procurar remédio para o seu mal, da Suíça à Madeira. Faleceu ainda muito novo na Foz do Douro. Obras poéticas: Só (publicada em Paris em 1892), Despedidas (1902) e Primeiros Versos (1921), ambas publicadas postumamente.
Retirado de :Projecto Vercial.
Doente, ocupa o resto dos seus dias em viagens a procurar remédio para o seu mal, da Suíça à Madeira. Faleceu ainda muito novo na Foz do Douro. Obras poéticas: Só (publicada em Paris em 1892), Despedidas (1902) e Primeiros Versos (1921), ambas publicadas postumamente.
Retirado de :Projecto Vercial.
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