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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Acontecimentos no ano de 1894-1ºparte

  • Janeiro,31-O governo dissolve as Associações Comercial e dos Lojistas de Lisboa substituídas em 12/2 por uma Câmara de Comercio e Industria.
O início deste ano, foi marcado por forte agitação nas ruas, inspirada pelas Associações Comercial, da Industria e dos Lojistas de Lisboa, cujas assembleias eram dominadas por oradores "incendiários", que como já acontecera em 1891, podiam gerar situações de muita violência.

No dia 29 de Janeiro, convocaram um comício de protesto para o Coliseu dos Recreios, contra o aumento dos impostos, Face à proibição desse comício pelo governo, que desencadeou uma greve generalizada, encerrando todos os estabelecimentos, escritórios e oficinas a Baixa de Lisboa.

O governo tentou convencer os lojistas a manterem os estabelecimentos abertos, mas foi em vão. Era uma segunda-feira que parecia um domingo, como se disse na altura.

E assim no dia 31 de Janeiro o governo acabou por decretar a dissolução dessas Associações. O rei entretanto regressara de Vila Viçosa e no dia seguinte passeou-se na sua carruagem para ver o ambiente, como ele gostava de fazer, como forma de avaliação da situação junto do povo.

Chegou a receber os representantes dessas Associações e o governo acabou por prometer rever as reformas fiscais que tinham estado na origem do incidente.
  • Março,04-D.Carlos participa nas comemorações do centenário do Infante D.Henrique
Depois de muitos trabalhos e contrariedades, constituiu-se em 1892 uma grande comissão que dedicadamente trabalhou, celebrando-se no Porto, sua terra natal, o centenário do infante D. Henrique com toda a solenidade e brilhantismo .

Efectuaram-se as festas nos dias 1, 2, 3 e 4 de Março de 1894, sendo os dias 3 e 4 considerados de grande gala, por decreto de 28 de Fevereiro de 1894.


No dia 4 foi solenemente assente a primeira pedra no momento, na praça do Infante D. Henrique, assistindo a esta cerimónia suas majestades el-rei senhor D. Carlos e a rainha senhora D. Amélia, representantes do governo, autoridades, etc.

O monumento é obra do escultor Tomás Costa, e inaugurou-se, também com a assistência da família real, em 31 de Outubro de 1900.

A estátua encontra-se no Largo do Palácio da Bolsa, hoje designado Praça do Infante D. Henrique, no Porto
Publicou-se também na altura um livro, profusamente ilustrado, com muitos artigos e notícias curiosas.
  • Maio-Augusto Castilho é preso à chegada a Lisboa por ter ajudado na revolta dos marinheiros brasileiros.
Augusto de Castilho era ainda aspirante da Marinha, quando depois de ter servido em Angola, na Índia e em Moçambique, foi mandado para o Brasil, comandando uma divisão naval no Rio de Janeiro, para defender os interesses portugueses num conflito resultante do levantamento da esquadra brasileira. Desse conflito, onde se manteve inflexível à palavra dada numa determinada situação, que envolvia direitos de asilo, acabou por ser mandado regressar. Foi de imediato preso à chegada a Lisboa e levado a conselho de guerra, do qual saiu absolvido e nomeado de seguida comandante da Escola Naval.
  • Maio-Fundação em congresso a Confederação Nacional das Associações de Classe.
O movimento operário ia cada vez mais se aproximando dos Partidos Socialista e Republicano e cada vez mais a ser controlado pelo partido Socialista. Esta Confederação , que poderíamos comparar com a CGTP dos nossos dias, era constituída pelas Federações de Lisboa, Porto e Tomar.

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